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A review by belrodrigues
Carrie Soto Is Back by Taylor Jenkins Reid
4.0
3,5⭐
o que mais gostei nas histórias anteriores da tjr foi a originalidade. embora tivéssemos referências claras (evelyn hugo = elizabeth taylor / golden age hollywood; daisy jones = fleetwood mac, etc), a originalidade da narrativa, por vezes, nos fazia crer que aquela era uma biografia ou uma espécie de documentário sobre personagens que realmente existiram nessa vida.
em carrie soto, apesar da incrível habilidade narrativa da autora, não senti tanto esse ponto crucial das demais histórias. quem acompanhou pelo menos um pouco da história de serena williams, seu pai & suas trajetórias ao longo dos anos, inclusive na memorável volta da tenista (pós lesão) num embate direto contra uma atleta asiática, percebe na hora que foi a fonte de inspiração da autora. mas, diferentemente das outras vezes, me senti lendo uma fantasia ao redor da vida da própria serena, e não uma história meramente inspirada na medalhista mundial.
muita gente veio me falar que eu iria amar ou odiar a carrie, porque ela é uma *dessas* personagens, mas discordo em partes. ela é, sim, uma personagem complicada em suas nuances, mas não há nada a respeito dela que me fez sentir que eu estava lendo sobre uma adulta e não uma adolescente que não sabe lidar com suas frustrações. veja bem: entendo, passo & já passei pelo que a carrie passou, mas ainda assim tive extrema dificuldade em lidar com o tardio desenvolvimento da personagem; pelo menos, olhando pela melhor das óticas, esse desenvolvimento aconteceu. dito isso, queria saber mais sobre nicki chan, que pareceu ser uma personagem interessantíssima e pouco explorada na narrativa. cada vez que o bowe aparecia pra neutralizar algum caos da vida da carrie, eu só conseguia pensar "tira esse chato e dá mais tempo de tela pra nicki, mulher!"
gostei demais da abordagem da mulher 30+ AINDA precisar de sorrisinhos e de toda humildade do mundo, mesmo após se provar tantas e tantas vezes no que ela faz. é um tema pouco debatido, mas muito relevante. num geral, foi uma leitura que me acrescentou muito, mas não diria que figura entre meus favoritos da tjr.
p.s.: javier, você pode contar comigo pra absolutamente tudo nessa vida.
o que mais gostei nas histórias anteriores da tjr foi a originalidade. embora tivéssemos referências claras (evelyn hugo = elizabeth taylor / golden age hollywood; daisy jones = fleetwood mac, etc), a originalidade da narrativa, por vezes, nos fazia crer que aquela era uma biografia ou uma espécie de documentário sobre personagens que realmente existiram nessa vida.
em carrie soto, apesar da incrível habilidade narrativa da autora, não senti tanto esse ponto crucial das demais histórias. quem acompanhou pelo menos um pouco da história de serena williams, seu pai & suas trajetórias ao longo dos anos, inclusive na memorável volta da tenista (pós lesão) num embate direto contra uma atleta asiática, percebe na hora que foi a fonte de inspiração da autora. mas, diferentemente das outras vezes, me senti lendo uma fantasia ao redor da vida da própria serena, e não uma história meramente inspirada na medalhista mundial.
muita gente veio me falar que eu iria amar ou odiar a carrie, porque ela é uma *dessas* personagens, mas discordo em partes. ela é, sim, uma personagem complicada em suas nuances, mas não há nada a respeito dela que me fez sentir que eu estava lendo sobre uma adulta e não uma adolescente que não sabe lidar com suas frustrações. veja bem: entendo, passo & já passei pelo que a carrie passou, mas ainda assim tive extrema dificuldade em lidar com o tardio desenvolvimento da personagem; pelo menos, olhando pela melhor das óticas, esse desenvolvimento aconteceu. dito isso, queria saber mais sobre nicki chan, que pareceu ser uma personagem interessantíssima e pouco explorada na narrativa. cada vez que o bowe aparecia pra neutralizar algum caos da vida da carrie, eu só conseguia pensar "tira esse chato e dá mais tempo de tela pra nicki, mulher!"
gostei demais da abordagem da mulher 30+ AINDA precisar de sorrisinhos e de toda humildade do mundo, mesmo após se provar tantas e tantas vezes no que ela faz. é um tema pouco debatido, mas muito relevante. num geral, foi uma leitura que me acrescentou muito, mas não diria que figura entre meus favoritos da tjr.
p.s.: javier, você pode contar comigo pra absolutamente tudo nessa vida.