Acho que o que eu mais gostei no Zorro foi que por ser um negócio focado na ação, ele é bem leve de descrição, de ambientação, e essa economia de detalhe na verdade é benéfica.
Tipo, a obra foi escrita em 1919, poderia ser super machista e super retrógrada, ponto você pega uma Jane Austin e a única vez que menciona ciganos é de um jeito racista, pega as irmãs brontë e é a mesma coisa. "Ele conheceu uma mulher caribenha, e ela era insira insultos racistas"
Mas daí você vai ver no Zorro e ele fala dos índios, e nunca é de um jeito ruim. Nunca é como um trapaceiro, ou como um ladrão, ou como um selvagem violento. Eles são só pessoas que estão lá porque é a Califórnia de 1800 e qualquer coisa e tem missões Jesuítas e indígenas e é isso aí
Até a menina, ela é um pouco simplificada na questão de querer um cara aventureiro e se apaixonar pelo Zorro, mas até aí todo mundo no livro é meio simplificado, acho que só seis personagens têm nome kkkk
Então tirando esse pequeno exagero a menina é uma personagem com agência, ela tem desejos, ela tem conflitos, ela tem uma cena de ação!
Fiquei muito positivamente impressionada.