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A review by joanaff17
Flame of Sevenwaters by Juliet Marillier
4.0
Este foi o primeiro livro de Juliet Marillier que comprei para mim. É verdade, todos os outros anteriores a este me foram oferecidos por alguém, já que durante muito tempo esta era a minha autora favorita e uma escolha acertada na hora de oferecer livros.
Os tempos mudam, as crianças crescem, os jovens amadurecem. Mudam-se os gostos, mas Juliet Marillier terá sempre o seu lugar especial nas estantes do meu coração. Não apenas porque criou personagens que ainda hoje me acompanham (Liadan, Bran), mas porque as suas histórias têm sempre um conforto, uma delícia associados. É sempre bom ler um livro da sua autoria, já que tão bem combinam uma óptima escrita, uma história envolvente e o talento gigante de uma excelente contadora de histórias.
Marillier tem alguns traços seus que se vão repetindo nos seus livros, maneiras de transmitir ideias que lhe são muito próprias, que são parte da sua assinatura. Volvidos doze, treze anos desde que peguei no primeiro livro de Sevenwaters, é com alguma pena (mas com naturalidade e aceitação) que percebo que alguns desses seus traços já não me deixam a marca de antigamente. Mas deixaram-na anteriormente e essa é indelével. Se já não deixa, é porque já estou a si habituada e também porque desenvolvi outros gostos pelo caminho.
Mas, repito, nunca desilude voltar a casa. Pode sempre contar-se com Juliet Marillier para nos dar um bom serão de leitura.
Este que é o último (até ver) capítulo de Sevenwaters fala-nos de Maeve, uma das sobrinhas de Liadan e irmã das anteriores heroínas dos dois últimos livros desta saga. Quando era pequena, Maeve sofreu um acidente relacionado com um incêndio (passado ainda na altura do terceiro livro da saga, para quem sabe do que estou a falar), tendo ficado com sequelas permanentes nas mãos e na cara.
Educada na casa de Liadan e Bran, Maeve cresce uma mulher decidida e desenvolvida, como não podia deixar de ser, alguém que decide não dar ouvidos a lamúrias sobre o seu estado limitado e fazer o que pode com o que tem. No entanto, Maeve irá ser posta à prova mais uma vez ao ver-se obrigada a regressar a Sevenwaters, casa dos seus pais, onde esperava não ter de voltar tão cedo e onde as memórias que mais lhe custam ainda habitam.
À falta de mãos com que contribuir para o trabalho na casa senhorial, Maeve decide ajudar com o único talento que conhece em si, a capacidade para acalmar os animais e levá-los a fazer o que deles se espera. E é esse talento que vai levá-la numa aventura não prevista de todo por alguém que, apesar de tudo, conhece as suas limitações físicas, e numa tentativa de restabelecer a ordem e a paz nas terras do seu pai.
Dito assim pode parecer uma história meio apalermada, mas Marillier consegue combinar histórias antigas, cultura celta e anglo-saxónica e uma certa dose de magia e encantamento numa manta de retalhos muito bem feita e que nos envolve por completo numa leitura credível e bem construída. E, acima de tudo, retrata muito bem um dos grandes temas da história de Maeve, e uma das grandes jóias do mundo: o amor pelos animais e a lealdade que se estabelece entre cães e donos.
Há vários tipos de amor e um dos mais fortes será certamente aquele que sentem animais e donos, nomeadamente cães. Nada, absolutamente nada, bate o amor canino. E é isso mesmo que Marillier traz para esta história e molda naquilo que se traduz numa leitura que não se consegue deixar de parte.
Aconselho, claro, como a qualquer livro desta minha querida senhora.
Os tempos mudam, as crianças crescem, os jovens amadurecem. Mudam-se os gostos, mas Juliet Marillier terá sempre o seu lugar especial nas estantes do meu coração. Não apenas porque criou personagens que ainda hoje me acompanham (Liadan, Bran), mas porque as suas histórias têm sempre um conforto, uma delícia associados. É sempre bom ler um livro da sua autoria, já que tão bem combinam uma óptima escrita, uma história envolvente e o talento gigante de uma excelente contadora de histórias.
Marillier tem alguns traços seus que se vão repetindo nos seus livros, maneiras de transmitir ideias que lhe são muito próprias, que são parte da sua assinatura. Volvidos doze, treze anos desde que peguei no primeiro livro de Sevenwaters, é com alguma pena (mas com naturalidade e aceitação) que percebo que alguns desses seus traços já não me deixam a marca de antigamente. Mas deixaram-na anteriormente e essa é indelével. Se já não deixa, é porque já estou a si habituada e também porque desenvolvi outros gostos pelo caminho.
Mas, repito, nunca desilude voltar a casa. Pode sempre contar-se com Juliet Marillier para nos dar um bom serão de leitura.
Este que é o último (até ver) capítulo de Sevenwaters fala-nos de Maeve, uma das sobrinhas de Liadan e irmã das anteriores heroínas dos dois últimos livros desta saga. Quando era pequena, Maeve sofreu um acidente relacionado com um incêndio (passado ainda na altura do terceiro livro da saga, para quem sabe do que estou a falar), tendo ficado com sequelas permanentes nas mãos e na cara.
Educada na casa de Liadan e Bran, Maeve cresce uma mulher decidida e desenvolvida, como não podia deixar de ser, alguém que decide não dar ouvidos a lamúrias sobre o seu estado limitado e fazer o que pode com o que tem. No entanto, Maeve irá ser posta à prova mais uma vez ao ver-se obrigada a regressar a Sevenwaters, casa dos seus pais, onde esperava não ter de voltar tão cedo e onde as memórias que mais lhe custam ainda habitam.
À falta de mãos com que contribuir para o trabalho na casa senhorial, Maeve decide ajudar com o único talento que conhece em si, a capacidade para acalmar os animais e levá-los a fazer o que deles se espera. E é esse talento que vai levá-la numa aventura não prevista de todo por alguém que, apesar de tudo, conhece as suas limitações físicas, e numa tentativa de restabelecer a ordem e a paz nas terras do seu pai.
Dito assim pode parecer uma história meio apalermada, mas Marillier consegue combinar histórias antigas, cultura celta e anglo-saxónica e uma certa dose de magia e encantamento numa manta de retalhos muito bem feita e que nos envolve por completo numa leitura credível e bem construída. E, acima de tudo, retrata muito bem um dos grandes temas da história de Maeve, e uma das grandes jóias do mundo: o amor pelos animais e a lealdade que se estabelece entre cães e donos.
Há vários tipos de amor e um dos mais fortes será certamente aquele que sentem animais e donos, nomeadamente cães. Nada, absolutamente nada, bate o amor canino. E é isso mesmo que Marillier traz para esta história e molda naquilo que se traduz numa leitura que não se consegue deixar de parte.
Aconselho, claro, como a qualquer livro desta minha querida senhora.