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A review by helenamcferreira
Amor de Perdição by Camilo Castelo Branco
5.0
Conhecido como o Romeu e Julieta do século XIX português, este é um livro carregado de drama, tragédia e paixão.
Tinham-me sugerido este livro por aqui, já em fevereiro, na sequência das sugestões que aqui deixei de livros sobre o amor. E, embora já conhecesse o título, não fazia parte dos clássicos que andam perdidos cá por casa e nunca tinha pegado nele um pouco por medo de me desiludir. Acontece que tenho tendência a fugir de livros que estudei na escola ou que me foram falados por lá. Porquê? Não sei. Acho que é só um medo irracional por, na maioria das vezes, não ter adorado a forma como estas obras foram abordadas nas aulas.
Mas bem, a verdade é que este livro acabou por vir comigo da FLL e que, quando finalmente peguei nele, o devorei de uma assentada.
Claro que esta não é uma história com a qual nos vamos identificar porque tudo nela se passou demasiados anos antes de qualquer um de nós nascer. Claro que podemos olhar para todos os exageros e dizer que são demasiado. Mas não foi assim que me senti. A escrita de Camilo acaba por dar sentido a tudo, mesmo àquilo que pensamos não perceber. E quanto a isso, acredito que tenha muito a agradecer à edição que comprei (e, provavelmente, a tantas outras que foram publicadas no decorrer dos anos) porque, mesmo que se perceba a diferença temporal, esta não perde a contemporaneidade. Mas não agradeço à edição os pequenos spoilers que fui levando graças às ilustrações mal colocadas.
No final de contas, esta acabou por ser uma leitura muito mais agradável do que eu estava à espera e que tem uma magia extra por correr os caminhos que corre.
Mas por favor não me peçam para escolher lados nesta espécie de triângulo amoroso!
Fica, mais uma vez, a certeza de que tenho de voltar aos clássicos portugueses e de explorar esse mundo com mais regularidade. Há por aí mais alguma sugestão do que eu ando a perder?
“Ama-me assim desgraçada, porque me parece que os desgraçados são os que mais precisam de amor e de conforto.”
Tinham-me sugerido este livro por aqui, já em fevereiro, na sequência das sugestões que aqui deixei de livros sobre o amor. E, embora já conhecesse o título, não fazia parte dos clássicos que andam perdidos cá por casa e nunca tinha pegado nele um pouco por medo de me desiludir. Acontece que tenho tendência a fugir de livros que estudei na escola ou que me foram falados por lá. Porquê? Não sei. Acho que é só um medo irracional por, na maioria das vezes, não ter adorado a forma como estas obras foram abordadas nas aulas.
Mas bem, a verdade é que este livro acabou por vir comigo da FLL e que, quando finalmente peguei nele, o devorei de uma assentada.
Claro que esta não é uma história com a qual nos vamos identificar porque tudo nela se passou demasiados anos antes de qualquer um de nós nascer. Claro que podemos olhar para todos os exageros e dizer que são demasiado. Mas não foi assim que me senti. A escrita de Camilo acaba por dar sentido a tudo, mesmo àquilo que pensamos não perceber. E quanto a isso, acredito que tenha muito a agradecer à edição que comprei (e, provavelmente, a tantas outras que foram publicadas no decorrer dos anos) porque, mesmo que se perceba a diferença temporal, esta não perde a contemporaneidade. Mas não agradeço à edição os pequenos spoilers que fui levando graças às ilustrações mal colocadas.
No final de contas, esta acabou por ser uma leitura muito mais agradável do que eu estava à espera e que tem uma magia extra por correr os caminhos que corre.
Mas por favor não me peçam para escolher lados nesta espécie de triângulo amoroso!
Fica, mais uma vez, a certeza de que tenho de voltar aos clássicos portugueses e de explorar esse mundo com mais regularidade. Há por aí mais alguma sugestão do que eu ando a perder?
“Ama-me assim desgraçada, porque me parece que os desgraçados são os que mais precisam de amor e de conforto.”