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A review by ritaralha
Os supridores by José Falero
4.0
O bagulho é frenético!!
A história passa-se na periferia da cidade Porto Alegre, mas não deve ser muito diferente em outras cidades brasileiras. Bairros de lata – comunidades, favelas e/ou quebradas, como lhe quisermos chamar – onde a pobreza,
Me mostra alguém que tenha nascido pobre, pobre que nem a gente, e que depois tenha conseguido deixar de ser pobre sem praticar crime nenhum, e sem ganhar na loteria, é claro. Me mostra, sangue bom. Porque pra cada um que tu me mostrar, eu te mostro um milhão que pobre nascero e pobre morrero.
a violência
Nascera e se criara na Vila Campo da Tuca, bairro Partenon, vendo de perto a violência nas mais variadas formas, e seus amigos de lá — amigos de infância — tinham se tornado prostitutas, traficantes, ladrões, viciados, vigaristas ou, a exemplo dele, tinham assumido um posto de trabalho qualquer, na parte mais baixa da pirâmide social — da pesada pirâmide social.
e o tráfico de droga
Droga, droga mesmo, era de cocaína para cima.
são uma realidade diária.
Pedro e Marques são dois funcionários de supermercado que trabalham como supridores (repositores de supermercado). Apesar do seu empenho no trabalho, ambos chegam à conclusão de que não conseguem melhorar a sua posição social. Influenciado pelas suas leituras durante os trajectos de autocarro, Pedro adopta uma perspectiva marxista e convence Marques, que já tem um filho e uma esposa grávida, a juntar-se a ele na busca por uma vida mais próspera. Decidem, então, seguir pelo caminho da venda de maconha como uma forma de alcançar o enriquecimento.
O ritmo acelerado da narrativa proporciona uma leitura empolgante com muita acção e algum humor q.b.
A escrita combina duas linguagens diferentes: uma erudita e bem construída, outra com o uso virtuoso da oralidade, sotaque e gírias de POA.
Como diz Mário de Andrade em Macunaíma (…) nas duas línguas da terra, o brasileiro falado e o português escrito.
É um livro que fala sobre a dura realidade na periferia, de preconceito, marginalidade, ignorância e pobreza.
A história passa-se na periferia da cidade Porto Alegre, mas não deve ser muito diferente em outras cidades brasileiras. Bairros de lata – comunidades, favelas e/ou quebradas, como lhe quisermos chamar – onde a pobreza,
Me mostra alguém que tenha nascido pobre, pobre que nem a gente, e que depois tenha conseguido deixar de ser pobre sem praticar crime nenhum, e sem ganhar na loteria, é claro. Me mostra, sangue bom. Porque pra cada um que tu me mostrar, eu te mostro um milhão que pobre nascero e pobre morrero.
a violência
Nascera e se criara na Vila Campo da Tuca, bairro Partenon, vendo de perto a violência nas mais variadas formas, e seus amigos de lá — amigos de infância — tinham se tornado prostitutas, traficantes, ladrões, viciados, vigaristas ou, a exemplo dele, tinham assumido um posto de trabalho qualquer, na parte mais baixa da pirâmide social — da pesada pirâmide social.
e o tráfico de droga
Droga, droga mesmo, era de cocaína para cima.
são uma realidade diária.
Pedro e Marques são dois funcionários de supermercado que trabalham como supridores (repositores de supermercado). Apesar do seu empenho no trabalho, ambos chegam à conclusão de que não conseguem melhorar a sua posição social. Influenciado pelas suas leituras durante os trajectos de autocarro, Pedro adopta uma perspectiva marxista e convence Marques, que já tem um filho e uma esposa grávida, a juntar-se a ele na busca por uma vida mais próspera. Decidem, então, seguir pelo caminho da venda de maconha como uma forma de alcançar o enriquecimento.
O ritmo acelerado da narrativa proporciona uma leitura empolgante com muita acção e algum humor q.b.
A escrita combina duas linguagens diferentes: uma erudita e bem construída, outra com o uso virtuoso da oralidade, sotaque e gírias de POA.
Como diz Mário de Andrade em Macunaíma (…) nas duas línguas da terra, o brasileiro falado e o português escrito.
É um livro que fala sobre a dura realidade na periferia, de preconceito, marginalidade, ignorância e pobreza.