Scan barcode
A review by patriciasjs
A Chama de Sevenwaters by Juliet Marillier
5.0
Opinião do blogue Chaise Longue: http://girlinchaiselongue.blogspot.pt/2013/09/opiniao-chama-de-sevenwaters.html
Abrir pela primeira vez A Filha da Floresta é uma experiência que deixa marcas, uma experiência que muda a nossa concepção de fantasia, uma experiência que não mais poderá ser esquecida ou comparada a outras. Sevenwaters é um mundo especial. É um mundo que nos acolhe, que nos apaixona, que nos faz recordar com carinho a primeira vez que percorremos os seus caminhos, que nos deixa saudades atrozes, cujo regresso é sempre feito com nostalgia e amor.
Juliet Marillier deu-nos este mundo. Fez-nos adorar as suas personagens, viver cada história como se fosse a nossa, sonhar para lá do inimaginável. E provocou-nos a maior dor que um leitor pode ter, a despedida. Não uma, mas duas vezes. Despedir-me de Sevewaters uma vez foi suficientemente doloroso mas despedir-me outra vez partiu-me o coração. Quero pensar que este também não é um adeus definitivo mas talvez um até já, mesmo que longínquo.
A Chama de Sevenwaters é o último volume da fantástica saga Sevenwaters. Terceiro volume fora da trilogia original, este livro foi publicado o ano passado e ainda só foi traduzido para português e holandês.
Depois de dois volumes onde o feitiço de Sevenwaters transpareceu, num mais forte do que noutro, heis um volume onde o antigo feitiço desta floresta encantada transbordou, cheio de toda a magia e encanto, de toda a glória que fez tantos apaixonarem-se por ela. A Chama de Sevenwaters restitui o verdadeiro espírito de Sevenwaters, numa demanda cheia de sacrifícios, testes, actos de coragem e destino, tudo aquilo que tornou a saga mais famosa de Juliet Marillier num sucesso literário, conseguindo, dos três livros escritos posteriormente, ser o mais fiel e o que mais restituirá sorrisos aos fãs da saga.
Mantendo o estilo de escrita com que nos conquistou, aquele dom de bardo que poucos têm, Juliet conta-nos uma história que bem podia ser um conto de fadas, uma história de amor e coragem, de beleza interior e sacrifício, que nos prende da primeira à última linha. Escrito com mestria e encanto, este livro recorda as histórias antigas, contadas de geração em geração à volta de uma fogueira pois, tal como essas histórias, esta tem muitas lições a dar e está repleta de magia, obscuridade e laços feitos pelo destino. Repleta de esperança e temores, esta narrativa é uma demanda pelo fim do Mal, na qual os heróis estão onde menos se esperam, os sacrifícios são necessários e o perigo pode estar no sorriso mais afável. Como em qualquer livro de Marillier, os nossos protagonistas são postos à prova, devendo ultrapassar os seus medos mais profundos e inseguranças, demonstrando que na alma mais simples ou atormentada pode encontrar-se algo único. Os sentimentos, como sempre, transcendem-se através de expressões e gestos, de uniões de amor, sangue ou ódio, provocando no leitor uma tempestade de sensações, prendendo-nos a cada momento da nossa leitura.
Maeve é uma protagonista inesperada. Frágil, desiludida, racional, forte de carisma e carácter, ela é a filha que Liadan e Bran não tiveram. Nela encontrámos pedaços destas duas personagens, bem como dos seus pais, Sean e Aisling, e um traço muito próprio que nos faz, não só adorá-la como admirá-la. Tal como ela, toda a história é inesperada, feita de reviravoltas e acasos, de encontros destinados, de amores que, por mais inesperados, se formam da confiança, do carinho e do companheirismo. Uma história que encaixa na perfeição com Maeve, alguém que dedica amor aos mais fracos, que faz da fragilidade força, que é leal até ao âmago e corajosa mesmo não sabendo. A sua própria história de amor é uma surpresa, um pedaço que nos fará chorar e suspirar, que tornam este conto em algo poderoso e mágico.
Finbar, a outra grande personagem desta história faz-me lembrar alguém e isso fez-me sorrir de saudade quase durante toda a leitura. Demasiado sério, às vezes inocente, ele sabe que nada será fácil mas em momento algum é capaz de desistir ou trair os desígnios. Mas, no fundo, a história não se faria sem outra personagem, a do meu querido Ciáran, que neste livro tem um papel crucial. Foi com muita saudade, carinho e desgosto que acompanhei esta sua aventura e, mais do que nunca, lamentei tudo o que lhe aconteceu e recordei, com uma grande dor no peito, cada perda e infortúnio. Ele é, sem dúvida, para mim, a grande personagem deste livro e uma das maiores desta saga.
A Chama de Sevenwaters é uma despedida agridoce, um adeus que não sei se é para sempre mas que me doeu tanto como o primeiro. Mais uma vez, Juliet partiu-me o coração mas deixou outras tantas recordações maravilhosas.
Abrir pela primeira vez A Filha da Floresta é uma experiência que deixa marcas, uma experiência que muda a nossa concepção de fantasia, uma experiência que não mais poderá ser esquecida ou comparada a outras. Sevenwaters é um mundo especial. É um mundo que nos acolhe, que nos apaixona, que nos faz recordar com carinho a primeira vez que percorremos os seus caminhos, que nos deixa saudades atrozes, cujo regresso é sempre feito com nostalgia e amor.
Juliet Marillier deu-nos este mundo. Fez-nos adorar as suas personagens, viver cada história como se fosse a nossa, sonhar para lá do inimaginável. E provocou-nos a maior dor que um leitor pode ter, a despedida. Não uma, mas duas vezes. Despedir-me de Sevewaters uma vez foi suficientemente doloroso mas despedir-me outra vez partiu-me o coração. Quero pensar que este também não é um adeus definitivo mas talvez um até já, mesmo que longínquo.
A Chama de Sevenwaters é o último volume da fantástica saga Sevenwaters. Terceiro volume fora da trilogia original, este livro foi publicado o ano passado e ainda só foi traduzido para português e holandês.
Depois de dois volumes onde o feitiço de Sevenwaters transpareceu, num mais forte do que noutro, heis um volume onde o antigo feitiço desta floresta encantada transbordou, cheio de toda a magia e encanto, de toda a glória que fez tantos apaixonarem-se por ela. A Chama de Sevenwaters restitui o verdadeiro espírito de Sevenwaters, numa demanda cheia de sacrifícios, testes, actos de coragem e destino, tudo aquilo que tornou a saga mais famosa de Juliet Marillier num sucesso literário, conseguindo, dos três livros escritos posteriormente, ser o mais fiel e o que mais restituirá sorrisos aos fãs da saga.
Mantendo o estilo de escrita com que nos conquistou, aquele dom de bardo que poucos têm, Juliet conta-nos uma história que bem podia ser um conto de fadas, uma história de amor e coragem, de beleza interior e sacrifício, que nos prende da primeira à última linha. Escrito com mestria e encanto, este livro recorda as histórias antigas, contadas de geração em geração à volta de uma fogueira pois, tal como essas histórias, esta tem muitas lições a dar e está repleta de magia, obscuridade e laços feitos pelo destino. Repleta de esperança e temores, esta narrativa é uma demanda pelo fim do Mal, na qual os heróis estão onde menos se esperam, os sacrifícios são necessários e o perigo pode estar no sorriso mais afável. Como em qualquer livro de Marillier, os nossos protagonistas são postos à prova, devendo ultrapassar os seus medos mais profundos e inseguranças, demonstrando que na alma mais simples ou atormentada pode encontrar-se algo único. Os sentimentos, como sempre, transcendem-se através de expressões e gestos, de uniões de amor, sangue ou ódio, provocando no leitor uma tempestade de sensações, prendendo-nos a cada momento da nossa leitura.
Maeve é uma protagonista inesperada. Frágil, desiludida, racional, forte de carisma e carácter, ela é a filha que Liadan e Bran não tiveram. Nela encontrámos pedaços destas duas personagens, bem como dos seus pais, Sean e Aisling, e um traço muito próprio que nos faz, não só adorá-la como admirá-la. Tal como ela, toda a história é inesperada, feita de reviravoltas e acasos, de encontros destinados, de amores que, por mais inesperados, se formam da confiança, do carinho e do companheirismo. Uma história que encaixa na perfeição com Maeve, alguém que dedica amor aos mais fracos, que faz da fragilidade força, que é leal até ao âmago e corajosa mesmo não sabendo. A sua própria história de amor é uma surpresa, um pedaço que nos fará chorar e suspirar, que tornam este conto em algo poderoso e mágico.
Finbar, a outra grande personagem desta história faz-me lembrar alguém e isso fez-me sorrir de saudade quase durante toda a leitura. Demasiado sério, às vezes inocente, ele sabe que nada será fácil mas em momento algum é capaz de desistir ou trair os desígnios. Mas, no fundo, a história não se faria sem outra personagem, a do meu querido Ciáran, que neste livro tem um papel crucial. Foi com muita saudade, carinho e desgosto que acompanhei esta sua aventura e, mais do que nunca, lamentei tudo o que lhe aconteceu e recordei, com uma grande dor no peito, cada perda e infortúnio. Ele é, sem dúvida, para mim, a grande personagem deste livro e uma das maiores desta saga.
A Chama de Sevenwaters é uma despedida agridoce, um adeus que não sei se é para sempre mas que me doeu tanto como o primeiro. Mais uma vez, Juliet partiu-me o coração mas deixou outras tantas recordações maravilhosas.