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A review by ritaralha
O Apartamento de Paris by Kelly Bowen, Kelly Bowen
2.0
Quando Aurélia Leclaire – Lia para os amigos - herda um luxuoso apartamento em Paris, fica chocada ao descobrir os segredos ocultados pela sua Grandmère - uma colecção impressionante de vestidos de alta-costura e um tesouro de arte com obras de renomados artistas como John Constable, John Singer Sargent, Henry Fuseli, Munch, Charles Le Brun, Pissarro, Morisot, Kirchner, Heckel, Chagall, Edgar Degas e Turner.
E descobriu que a Grandmère não lhe deixara um apartamento em herança.
Deixara-lhe um museu.
O apartamento, fechado por setenta anos, é como uma cápsula do tempo.
Lia passou os dedos ao longo de uma saia cor de safira antes de retirar a mão, com medo de estragar o tecido. Fechou o guarda-fatos e encostou a testa às portas duplas. Os vestidos, os sapatos, as peles — havia ali uma verdadeira fortuna em roupa. Como havia uma fortuna em mobiliário requintado e em obras de arte.
Tudo escondido durante mais de setenta anos.
É na busca por respostas sobre a vida desconhecida da avó que Lia desvenda como Estelle Allard sobreviveu na Paris ocupada pelos alemães e como enfrentou a perseguição nazista.
As coincidências entre os anos 40 e 2017 são muitas. No entanto, a história poderia alcançar ainda mais potencial se as duas linhas temporais estivessem mais intrinsecamente ligadas, indo além da partilha de um simples apartamento. Especialmente durante a ocupação nazista, o apartamento não tem grande interesse, uma vez que toda a acção se desenrola no Hotel Ritz.
Quando os alemães marcharam sobre Paris, o hotel Ritz foi dividido em dois (…)deixou de ser apenas um chamariz para os mais abastados, para a realeza, para os artistas e intelectuais, e passou a ser o quartel-general oficial da Luftwaffe.
Quanto ao romance entre Lia e Gabriel Seymour, que se insinua desde as primeiras páginas, era totalmente dispensável.
E descobriu que a Grandmère não lhe deixara um apartamento em herança.
Deixara-lhe um museu.
O apartamento, fechado por setenta anos, é como uma cápsula do tempo.
Lia passou os dedos ao longo de uma saia cor de safira antes de retirar a mão, com medo de estragar o tecido. Fechou o guarda-fatos e encostou a testa às portas duplas. Os vestidos, os sapatos, as peles — havia ali uma verdadeira fortuna em roupa. Como havia uma fortuna em mobiliário requintado e em obras de arte.
Tudo escondido durante mais de setenta anos.
É na busca por respostas sobre a vida desconhecida da avó que Lia desvenda como Estelle Allard sobreviveu na Paris ocupada pelos alemães e como enfrentou a perseguição nazista.
As coincidências entre os anos 40 e 2017 são muitas. No entanto, a história poderia alcançar ainda mais potencial se as duas linhas temporais estivessem mais intrinsecamente ligadas, indo além da partilha de um simples apartamento. Especialmente durante a ocupação nazista, o apartamento não tem grande interesse, uma vez que toda a acção se desenrola no Hotel Ritz.
Quando os alemães marcharam sobre Paris, o hotel Ritz foi dividido em dois (…)deixou de ser apenas um chamariz para os mais abastados, para a realeza, para os artistas e intelectuais, e passou a ser o quartel-general oficial da Luftwaffe.
Quanto ao romance entre Lia e Gabriel Seymour, que se insinua desde as primeiras páginas, era totalmente dispensável.