TW: traição, cancro, violência sexual
Quem me conhece, sabe que adoro Dorothy Koomson. E é muito difícil um livro dela desiludir-me. Já aconteceu, mas é muito difícil. Este livro não foi exceção. Surpreendeu-me para além daquilo que achava possível. Tem personagens fantásticas, com um enredo que me envolveu desde o início ao fim e me agarrou a cada página. É uma história sobre o amor, e o poder que lhe damos quando tomamos as nossas decisões usando-o como uma justificação, mesmo que signifique a destruição de vidas alheias. Adoro como neste livro a autora criou personalidades e personagens marcantes, que são exploradas até ao máximo e como a história se desenvolveu em função das personagens, e não o contrário. E esta é uma história emocionante e arrebatadora, de um mistério enorme, que me deixou chocada a cada revelação. Trata de temas sensíveis com uma mestria que só Koomson poderia ter, que são inseridos na narrativa de forma tão sorrateira que quando nos apercebemos deles, faz todo o sentido que lá estejam. É um livro para refletir sobre as nossas justificações e como o amor nem sempre é uma explicação, para além de entreter e muito bem, e é isto que torna os seus livros os melhores do mundo.