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A review by celestecorrea
O Prazer da Leitura by Marcel Proust
3.0
A amizade, a amizade que diz respeito aos indivíduos, é sem dúvida uma coisa frívola, e a leitura é uma amizade. Mas pelo menos é uma amizade sincera, e o facto de ela se dirigir a um morto, a uma pessoa ausente, confere-lhe algo de desinteressado, de quase tocante. ( página 51 )
Confesso que só conheço o primeiro volume de À Procura do Tempo Perdido, pelo que foi com interesse que li na página 13:
As teorias de William Morris, que foram tão constantemente aplicadas por Maple e os decoradores ingleses, estabelecem tão constantemente que um quarto só é bonito se contiver apenas as coisas que nos são úteis e que as coisas úteis, nem que seja um simples prego, não estejam dissimulados, mas à vista. Julgando-o segundo os princípios desta estética, o meu quarto não era de modo algum bonito, pois estava cheio de coisas que não me serviam para nada e que dissimulavam pudicamente, até tornarem o seu uso extremamente difícil, as que serviam para alguma coisa. Mas era precisamente a essas coisas que não estavam ali para minha comodidade, mas pareciam ter vindo para lá por vontade delas, que o meu quarto ia buscar para mim a beleza dele.
Sobre o prazer da leitura, não posso estar mais de acordo com Proust: a crueldade do Epílogo, que todos sentimos quando terminamos um livro e sabemos que nada mais vamos saber das personagens que nos arrebataram.
Confesso que só conheço o primeiro volume de À Procura do Tempo Perdido, pelo que foi com interesse que li na página 13:
As teorias de William Morris, que foram tão constantemente aplicadas por Maple e os decoradores ingleses, estabelecem tão constantemente que um quarto só é bonito se contiver apenas as coisas que nos são úteis e que as coisas úteis, nem que seja um simples prego, não estejam dissimulados, mas à vista. Julgando-o segundo os princípios desta estética, o meu quarto não era de modo algum bonito, pois estava cheio de coisas que não me serviam para nada e que dissimulavam pudicamente, até tornarem o seu uso extremamente difícil, as que serviam para alguma coisa. Mas era precisamente a essas coisas que não estavam ali para minha comodidade, mas pareciam ter vindo para lá por vontade delas, que o meu quarto ia buscar para mim a beleza dele.
Sobre o prazer da leitura, não posso estar mais de acordo com Proust: a crueldade do Epílogo, que todos sentimos quando terminamos um livro e sabemos que nada mais vamos saber das personagens que nos arrebataram.