bibilly's reviews
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quando terminei descobri que tinha lido a versão antiga e não a extendida, kk. talvez isso explique.

impecável, nota zero. esta edição da Editora 34 não compensa para uma primeira leitura. não sei dizer quanto do original o Eugênio Mauro conseguiu preservar, mas, além do vocabulário por vezes quase alienígena, as inúmeras, infinitas inversões sintáticas tiram a alegria até do leitor mais disposto. eu, que não entendo nada de italiano, tenho certeza que a Comédia em toscano é mais direta que isso. o texto do Eugênio Mauro não flui, as rimas parecem forçadas, a declamação fica estranha. ele levou quinze anos nessa tradução para transformar o poema num martírio, a ponto de eu precisar usar o português arcaico do Xavier Pinheiro em domínio público como dicionário. isso a fim de mirar a superfície; para enxergar qualquer milímetro além tive que me apoiar no ebook da edição com detalhes azuis da Martin Claret que fui obrigada a comprar (e na qual consultei a tradução do XP, que toma várias liberdades, mas no geral soa melhor), visto que as notas que acompanham os três volumes da 34 não cobrem nem metade das referências bíblicas, históricas e filosóficas que permeiam todos os tercetos. não satisfeita, a editora ainda posicionou essas poucas notas no final de cada canto em vez de cada página (!!!). e o box vem com muitos textos de apoio, Monique? não. é bonito pelo menos? tb não. o volume único da Martin Claret dá de 10 a 0 sem deixar de esclarecer as passagens mais ambíguas ou discutir as interpretações mais aceitas — um extra essencial se o leitor almeja mais que uma passada de olho no poema, o qual vira facilmente um amontoado de palavras nesta edição ao negligenciarem desde a lista de antepassados de Dante até importantes debates da escolástica medieval. enfim, acabei lendo e relendo vários cantos nas pausas que fiz da vida para abrir A Divina Comédia no último ano (quase dois). se pudesse voltar no tempo, investiria na tradução do Vasco Graça Moura recomendada por um professor meu e publicada aqui pela Landmark em um único volume com uma capa baladeira que está saindo por menos de cem lulas agora na Amazon.

this might have made it to my best of the year list if it weren't so fucking long, the type of long that makes you wish for bad things to happen to the heroine as a punishment for wasting your time pretending not to be the shallowest bitch you've ever met. i was so unimpressed with the resolution of her laughable backstory i almost forgot all the other useless mc's that came before her. and the author really wanted me to believe this one wasn't like the others bc she watched documentaries and knew how to read. where's my prince disguised as a mafia boss then? granted, hers does the job just fine (when he's not reminding us that he's falling in love bc he's never met a literate woman before, at least not a literate woman who's conveniently the hottest of the city and all its vicinity). since the story is divided in precisely two great tropes – forbidden romance in the first half and arranged marriage in the second – a fair amount of iconic scenes piles up. not plot lines, not memorable characters, just surprisingly satisfying moments and sequences, especially the ones that end with the hero killing another person for the heroine or because of her (get you a man who's ready to shoot some of his relatives to save you, even though his fiancé is your sister, bc you're all family now). in this case, burning down the establishment of someone who gropes the mc is less violence than i would want from the hero, but just bc he makes the mistake of warning the fucker. Nicolas does have a cringe nickname, tho, and it's not Nico. ofc nothing compared to the author's idea of conflict. perhaps she could've prevented the story from dragging on so much by exchanging pov's more often and not resorting to telling-not-showing during the smut (as if the lack of plot and nuance weren't enough); either way, there was no need for so many chapters under Elena's (the fact that i seldom pick up mafia books but this is already the second this year starring an unconvincing Elena). the girl made her mysterious past and life choices look so serious i was surprised when her character didn't get any development or extra backbone and started displaying a childish behavior instead. so much for reading history books at a party.

o ponto alto desse livro é quando ele acaba.

are the shades of Pemberley to be thus polluted?

a cada releitura a adaptação de 2005 melhora em algum ponto para mim. a versão para o cinema da primeira proposta de casamento sempre foi a melhor, e quando terminei de ouvir o audiobook narrado pela Rosamund Pike tive que dar mais crédito ao final do filme e à entonação do Matthew Macfadyen. dessa vez, talvez devido ao tom conferido à personagem pela narradora, ou por se tratar do meu milésimo contato com a história, tomei um certo abuso da Lizzy do livro. e mais uma vez não curti a voz do Darcy: ele fala pouco demais pra soar tão sem graça. porém, ainda daria tudo por um diário dele: saw her again today. her eyes were as vivid as ever. they still stared at me with barely contained disgust 😔 agora, algo que me faz falta tanto no livro quanto no filme é a origem da amizade do Darcy com o Bingley; no filme ainda mais, pois acho absurda sua representação do segundo e prefiro a versão da BBC. embora eu compreenda o Darcy do cinema como propositalmente mais introvertido que orgulhoso em comparação com o da minissérie, ainda vejo muito contraste entre ele e o amigo para enxergar nas entrelinhas o motivo de tanta lealdade e tempo investido. já em minhas releituras, ainda não consegui ignorar essa questão por realmente gostar do Bingley do livro — outra lacuna que mais páginas sob o pov do Darcy preencheriam, mesmo eu reconhecendo que a imprecisão dos pensamentos de uma das partes é essencial em qualquer enemies-to-lovers.

were this a short story, it would probably be worthy 5 stars. the writing is so solid and concise that no chapter is wasted, each of them having an insane amount of details about the main characters. from the first one you can already feel like you've known them for almost as long as they've known each other. and that really takes skill, the type i would envy if i were a writer. however, since this is not a short story, some things inevitably bothered me. i wasn't quite convinced about Tommy's close friendship with his ex wife: it's never explained how their fondness for each other survived more than one decade, even though he only came to realize he's gay months prior to the start of the book. how their loveless marriage didn't make them bitter? i wouldn't care much for an answer if i was obsessed with the protagonists, but with so little conflict, their yearning soon resolved into a luckwarm affair. nevertheless, i've always loved that moment of epiphany when the full title is mentioned one single time, and it makes so much sense that it envelopes the book like a second cover. i just wish this had prevented the story from becoming boring somehow.

marriage of convenience should be aggravating but sexy. this is only aggravating.

the mc in this one can't be compared to his big puppy of a brother from the first book. it was damn annoying seeing him acting like an oblivious child. his behavior made the story even more unrealistic and prevented me from taking the romance seriously. worse: the characters' interactions were so ridiculous they kinda diminished my satisfaction with the previous title :/