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verafey's review against another edition
funny
reflective
sad
slow-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
2.5
lizziee's review against another edition
emotional
funny
reflective
sad
fast-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
3.25
monicalewinsky6969666420's review against another edition
dark
emotional
funny
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
4.25
lostfoxtrail's review against another edition
lighthearted
relaxing
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
3.75
I enjoyed this book; it’s a really short read and funny in places. The writing is a little confusing. It reads like word vomit in places and I often had to reread passages to understand what was going on. Worth the read though, and my first Czech author!
katya_m's review against another edition
"Deus não gosta da verdade, gosta dos malucos e das pessoas exaltadas(...), Deus gosta da não-verdade repetida na fé, até gosta mais da mentira apaixonada do que da verdade seca..."
24
Na minha senda pela melancolia não podia deixar de fazer uma paragem nesta obra.
Bohumil Hrabal tem a biografia perfeita para aliciar leitores que, como eu, procuram a poesia na banalidade do dia a dia: contemporâneo de Kundera, embora lhe exceda uns anos, Hrabal é descrito como amante da boa vida - leia-se da bebida (enfim, não seria exatamente a minha definição de prazer, mas adiante...) -, é descrito, dizia eu, como o homem dos mil ofícios, de ferroviário a telegrafista a agente de seguros etc., depois de abandonar a carreira académica em '39, e o curso que só virá a poder completar anos mais tarde. Hrabal vive tempos absolutamente memoráveis, a ocupação alemã da Segunda Guerra - a mesma que lhe encerraria as portas da Universidade de Praga -, a ocupação soviética do pós-Segunda Guerra, o comunismo instituído pela Primavera de Praga...um sem fim de cataclismos que culminaram na sua perseguição e censura. Curiosamente, Hrabal é dos poucos que escolhe não abandonar o país - numa postura que me surpreende e intriga muitíssimo (postura muito semelhante à de Boris Pasternak, ali muito perto).
Romanticamente, Hrabal morrerá após cair de uma varanda do hospital onde estava internado e de onde, aparentemente, alimentava pombos.
Isso ou Hrabal simplesmente se atirou janela fora. Mas para quê manchar o enredo romântico?
Bom.
Muitas vezes penso que talvez o sentido de humor faça parte do manancial de qualidades checas (é-me muito cedo para afirmar), mas Hrabal é sem dúvida um escritor dotado de um humor peculiar: ora grotesco ora cândido, e doseado de forma bastante agradável. Verdade se diga que dei comigo a rir bastantes vezes, embora tudo o que me passou ao lado.
O surrealismo da sua obra, no entanto, não me apela particularmente aos sentidos, talvez porque a transposição entre a tragédia e o humor, que perfazem o seu estilo, resulta sempre grotesca, e o grotesco sai completamente do registo que aprecio. Ainda assim, não foi essa a maior barreira que transpus nesta leitura. A linguagem brejeira e depreciativa foi definitivamente o gatilho que me fez desinteressar das restantes, digamos, 100 páginas... O livro tem apenas 130. O enredamento já não era fácil de seguir, pois Hrabal encadeia múltiplas histórias no discurso do seu narrador, mas estes modos de estivador deram conta da minha boa vontade.
Autobiográfica como não podia deixar de ser, a narrativa acompanha a vida de dois homens simples (pai e tio do narrador a que poderiam facilmente fazer-se corresponder pai e tio do escritor). Mas a promessa das primeiras páginas não é essa, e, se o livro começa como uma aguarela da vida do jovem narrador que sonha vir a tornar-se marinheiro, depressa o escritor nos leva num périplo de metáforas e analogias em que o marinheiro se transforma num ser mítico e não já real como aquele a que o jovem (Hrabal?) aspirava...
Muito em breve a história se resume a um traçado de uma vida excêntrica, e inevitavelmente trágica, de um leviano sem préstimo (embora lá corajoso seja ele) transformado em herói.
Sabem-me sempre a pouco estes retratos que legitimam caracteres baixos, desinteressantes e arrogantes, como se ser homem (ser humano) fosse apenas isto...
Depois existem alguns problemas a nível de teoria de literatura: Hrabal escolhe construir uma narrativa a partir da visão de um personagem (autobiográfico) que tem parte na história - e, logo, narra na primeira pessoa -, mas fazendo dele personagem depressa se esquece que o seu narrador não pode ter poderes omniscientes...e ele tem-nos. Está em todo o lado, a toda a hora e tem profundo conhecimento das motivações e sentimentos de cada um dos intervenientes. Se isto acrescenta ao surrealismo da história e pode (e deve) ser intencional? Pode, mas para mim não resulta.
Posto isto, há uma rebeldia de fundo que atrai em Hrabal - um certo anti-clericalismo, uma certa aversão política e uma permanente busca pela liberdade total que guardo como o verdadeiro tesouro da sua escrita, e que seriam refrescantes se não se perdessem nesta trama tão pouco profunda.
Depois disto tudo, talvez Uma Solidão Demasiado Ruidosa ainda mereça qualquer coisa da minha atenção... Veremos. Só eu terei a ganhar ou a perder.
24
Na minha senda pela melancolia não podia deixar de fazer uma paragem nesta obra.
Bohumil Hrabal tem a biografia perfeita para aliciar leitores que, como eu, procuram a poesia na banalidade do dia a dia: contemporâneo de Kundera, embora lhe exceda uns anos, Hrabal é descrito como amante da boa vida - leia-se da bebida (enfim, não seria exatamente a minha definição de prazer, mas adiante...) -, é descrito, dizia eu, como o homem dos mil ofícios, de ferroviário a telegrafista a agente de seguros etc., depois de abandonar a carreira académica em '39, e o curso que só virá a poder completar anos mais tarde. Hrabal vive tempos absolutamente memoráveis, a ocupação alemã da Segunda Guerra - a mesma que lhe encerraria as portas da Universidade de Praga -, a ocupação soviética do pós-Segunda Guerra, o comunismo instituído pela Primavera de Praga...um sem fim de cataclismos que culminaram na sua perseguição e censura. Curiosamente, Hrabal é dos poucos que escolhe não abandonar o país - numa postura que me surpreende e intriga muitíssimo (postura muito semelhante à de Boris Pasternak, ali muito perto).
Romanticamente, Hrabal morrerá após cair de uma varanda do hospital onde estava internado e de onde, aparentemente, alimentava pombos.
Isso ou Hrabal simplesmente se atirou janela fora. Mas para quê manchar o enredo romântico?
Bom.
Muitas vezes penso que talvez o sentido de humor faça parte do manancial de qualidades checas (é-me muito cedo para afirmar), mas Hrabal é sem dúvida um escritor dotado de um humor peculiar: ora grotesco ora cândido, e doseado de forma bastante agradável. Verdade se diga que dei comigo a rir bastantes vezes, embora tudo o que me passou ao lado.
O surrealismo da sua obra, no entanto, não me apela particularmente aos sentidos, talvez porque a transposição entre a tragédia e o humor, que perfazem o seu estilo, resulta sempre grotesca, e o grotesco sai completamente do registo que aprecio. Ainda assim, não foi essa a maior barreira que transpus nesta leitura. A linguagem brejeira e depreciativa foi definitivamente o gatilho que me fez desinteressar das restantes, digamos, 100 páginas... O livro tem apenas 130. O enredamento já não era fácil de seguir, pois Hrabal encadeia múltiplas histórias no discurso do seu narrador, mas estes modos de estivador deram conta da minha boa vontade.
Autobiográfica como não podia deixar de ser, a narrativa acompanha a vida de dois homens simples (pai e tio do narrador a que poderiam facilmente fazer-se corresponder pai e tio do escritor). Mas a promessa das primeiras páginas não é essa, e, se o livro começa como uma aguarela da vida do jovem narrador que sonha vir a tornar-se marinheiro, depressa o escritor nos leva num périplo de metáforas e analogias em que o marinheiro se transforma num ser mítico e não já real como aquele a que o jovem (Hrabal?) aspirava...
Muito em breve a história se resume a um traçado de uma vida excêntrica, e inevitavelmente trágica, de um leviano sem préstimo (embora lá corajoso seja ele) transformado em herói.
Sabem-me sempre a pouco estes retratos que legitimam caracteres baixos, desinteressantes e arrogantes, como se ser homem (ser humano) fosse apenas isto...
Depois existem alguns problemas a nível de teoria de literatura: Hrabal escolhe construir uma narrativa a partir da visão de um personagem (autobiográfico) que tem parte na história - e, logo, narra na primeira pessoa -, mas fazendo dele personagem depressa se esquece que o seu narrador não pode ter poderes omniscientes...e ele tem-nos. Está em todo o lado, a toda a hora e tem profundo conhecimento das motivações e sentimentos de cada um dos intervenientes. Se isto acrescenta ao surrealismo da história e pode (e deve) ser intencional? Pode, mas para mim não resulta.
Posto isto, há uma rebeldia de fundo que atrai em Hrabal - um certo anti-clericalismo, uma certa aversão política e uma permanente busca pela liberdade total que guardo como o verdadeiro tesouro da sua escrita, e que seriam refrescantes se não se perdessem nesta trama tão pouco profunda.
Depois disto tudo, talvez Uma Solidão Demasiado Ruidosa ainda mereça qualquer coisa da minha atenção... Veremos. Só eu terei a ganhar ou a perder.
irmakkilinc's review against another edition
3.0
"Oh, how I suffered with this home, how I felt myself shot out through the window, even when it was closed, out through the walls, just out and out and out, where the branches of the old lindens and chestnuts waved at me through the window, where the rain tapped at me, where the wind called out to me, as it rattled in from the brewery through the open window!"
enjoyable. my first Hrabal and definitely won't be my last. however, it takes a bit of time to get used to the run-on sentences and the constant shifting points of view.
enjoyable. my first Hrabal and definitely won't be my last. however, it takes a bit of time to get used to the run-on sentences and the constant shifting points of view.
rouge_red's review against another edition
adventurous
funny
3.0
Two stories-Cutting it Short (3.75 stars) and The Little Town Where Time Stood Still (3 stars)
Told in a stream of consciousness style, these slice-of-life stories had many moments of joyfulness and abandon. There were certainly a lot of antics and silliness, especially on the part of Uncle Pepin, and daring with Maryska that made for pretty entertaining and lively storytelling. In the latter story, we got many more serious parts when it came to discussions of the war, the ending with the death of Pepin and contemplations on the tiny village where nothing really changes. I have a bit of curiosity about what else Hrabal has written because he has some themes like finding the joy in the serious (or else living your life the way you want) and moving to the beat of your own drum that I find he has a unique take on. Maybe if I can get my hands on more.
Told in a stream of consciousness style, these slice-of-life stories had many moments of joyfulness and abandon. There were certainly a lot of antics and silliness, especially on the part of Uncle Pepin, and daring with Maryska that made for pretty entertaining and lively storytelling. In the latter story, we got many more serious parts when it came to discussions of the war, the ending with the death of Pepin and contemplations on the tiny village where nothing really changes. I have a bit of curiosity about what else Hrabal has written because he has some themes like finding the joy in the serious (or else living your life the way you want) and moving to the beat of your own drum that I find he has a unique take on. Maybe if I can get my hands on more.
black_october's review against another edition
emotional
funny
lighthearted
reflective
sad
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
4.0
"What is unique about Hrabal is his capacity for joy." -Milan Kundera
mlfarrell's review against another edition
emotional
funny
lighthearted
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0